20 junho 2011

Um show de confusão

Foi uma noite 'daquelas'. A começar pelo local do show, onde Emerson Nogueira se apresentou na última sexta. O ginásio Ronaldo Junqueira tem uma acústica péssima, todo mundo sabe disso. E fica em uma das regiões mais frias de Poços. Ontem estava gelado por aquelas bandas. O estacionamento era pago: 15 reais!!! A disposição do público foi de uma criatividade ímpar. Cerca de 3/4 da frente do palco até o outro lado do ginásio era apenas de mesas plásticas. O outro 1/4 era para a platéia vip, que ficava de pé. Quem estava nas mesas mais próximas ao palco e quisesse ir ao banheiro, tinha que atravessar todas as outras mesas, sair da área reservada, entrar na área vip, passando e esbarrando em dezenas de pessoas para chegar ao banheiro, que logo ficou em péssimo estado de limpeza. O que causava um vai-vem constante de pessoas. E o ginásio estava lotado.

Havia um palco pequeno montado entre os banheiros feminino e masculino onde uma banda 'abriu' para o Emerson Nogueira. Esse palco, naturalmente, era um empecilho para a circulação das pessoas. O show, marcado para começar às 22 horas, foi começar apenas à meia-noite. O apresentador falou "boa-noite Uberlândia", sendo sonoramente vaiado. E disse que por pouco que não haveria o show pois o sr. Nogueira estava com uma forte dor de garganta e havia perdido a voz naquela tarde. Mas, mesmo assim ele faria sua apresentação. De fato, o cara não tinha condições de cantar, era apenas um fiapo de voz. Toda hora pedia ajuda ao público e as 'backing vocals' tiveram que trabalhar dobrado para ajudar o mestre.

O bar foi outro caso à parte, você tinha que comprar fichas do que queria consumir e não aceitava nem cartões e nem cheques. O trabalho dos garçons era pegar suas fichas na mesa e levar seu pedido de volta. Claro que eles nunca apareciam na hora que você precisava e todo mundo acabava indo buscar o que queria no bar. Resultado, tumulto total no balcão, com encontrões de garçons e clientes, filas enormes e, para piorar, acho que eles usaram vodka batizada... Minha esposa tomou duas caipirinhas pequenas e passou mal. Uma amiga que estava conosco tomou apenas uma e ficou grogue de tudo. Eu, como bom cervejeiro, não tive problemas e pude cuidar direitinho da esposa.

Em suma, o Émerson até conseguiu levar o show, meio aos trancos e barrancos, chegando até a empolgar a plateia. Mandou suas versões de Supertramp, Rod Stewart, Queen, Creedence, Eagles, etc... Tocou viola e sua banda até que é correta. O som estava de fraco para péssimo, com eco para todos os lados. E eu acabei saindo antes de acabar devido ao mal-estar da patroa. Foi uma 'night to forget'...

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