30 julho 2009

Constatação

"A gente percebe que está ficando velho quando olha a foto de divulgação da capa da Playboy com a ex-BBB Priscila e fica excitado com a chamada para um conto inédito do Rubem Fonseca publicado na edição de agosto."
Tirado do blog de Tutty Vasques.

29 julho 2009

Paul no Brasil


Estão cada vez mais fortes os rumores sobre a vinda de Paul McCartney ao Brasil, no ano que vem. Ontem, um site inglês divulgou até as possíveis datas. Seria dia 16 de abril no Maracanã, no Rio de Janeiro; 18 de abril, no Morumbi, em São Paulo, e dia 21, em Brasília, em comemoração aos 50 anos da capital nacional.
Ainda não há confirmação oficial, mas desta vez estou acreditando que ele venha mesmo. E, muito provavelmente, pela última vez. Torço apenas para que os shows não sejam gratuitos, na rua ou na praia. Vê-se e ouve-se muito mal, além de toda a muvuca que esse tipo de apresentação provoca. Se for como o site está noticiando, muito bom. Yo voy....

24 julho 2009

Recanto Mágico

— A prova tem que ser aprovada por FTP
— Não tá carregando
— A senha e o login não estão certos
— O miolo das três revistas está igual
— Puxa vida, corri pra mandar tudo na segunda e até hoje não tá sendo impresso?
— A tipologia da capa tá errada

Sabe aqueles dias que você amanhece com tudo planejado, tudo esquematizado e nada parece dar certo? Quarta passada estava assim. Combinei de terminar a correção das provas da revista na parte da manhã e à tarde ir com a esposa e filhote para o sítio do sogro em Caldas.

Tive que correr e me virar para conseguir sair apenas às 14 horas, com o "estressômetro" quase explodindo.

Mas, foi só pisar naquele abençoado pedaço de chão para tudo mudar. Que coisa mais louca. Assim que cheguei no sítio não consegui mais pensar em nada que pudesse me alterar o humor. É uma coisa mágica, encantadora. Parece uma outra realidade, um outro mundo. Ficamos algumas horas lá e voltei renovado. Com certeza, voltaremos a fezer mais vezes...
O tucano ficou observando de perto nossa visita...
Ismênia e Toninho colocaram a orquídea na árvore e os botões estão a ponto de abrir.
Marcelo adorou ver o Pimpão comer milho. Pimpão é o cavalo, não o ser de calça azul...
Marcelo ajudando o avô a colocar milho para o cavalo.
O trio de filhos da Ana e do Nando, José, Antônio e Francisco, entre Marcelo e Adriana.

22 julho 2009

Escrúpulos, de novo

Criador e criatura

Olha eu falando de escrúpulos de novo. Um amigo do Thiago Pagin, coautor do adesivo de Poços que venho distribuindo há mais de um ano, disse que viu uma camiseta com essa estampa sendo vendida numa loja da Pedra Balão, aqui em Poços. Fui lá conferir.

E é verdade mesmo. Na loja de suvenires que existe no local há uma arara com camisetas. Uma delas traz, bela e formosa, a figura do Cristo, de braços abertos, em cima da montanha, ladeado por um paraglider... E, por coincidência, o rapaz que confecciona as camisetas estava no local.
A imagem original...

Diz ele que o filho bolou a camiseta e que não sabe de onde ele tirou a idéia. Ficou por isso mesmo. Não vou querer arranjar confusão. E, na verdade, dá uma ponta de orgulho saber que uma imagem criada pela gente está sendo difundida e até copiada. É sinal que gostaram.

20 julho 2009

Será o Benedito?

Saiu no site "O Fuxico". Prefiro não acreditar que seja verdade:

"Vereador pelo PR (Partido Republicano), Agnaldo Timóteo levou uma proposta de homenagem à Câmara de São Paulo: rebatizar o Ibirapuera, parque-símbolo da capital paulista, de ‘Parque Ibirapuera Michael Jackson’. O político-cantor também quer incluir o nome do astro internacional, morto no dia 25 de junho, no espaço cultural Sala São Paulo – o local passaria a se chamar Sala São Paulo Michael Jackson."

18 julho 2009

Escrúpulos

Outro dia comprei de um camelô uma batelada de filmes. Tenho baixado muito mais músicas pela Internet do que comprado CDs. E por aí vai... Sou um contraventor. Como milhões de outros. Não me sinto bem fazendo isso, só que o preço da locação de um filme ou de um disco em uma loja acaba sendo proibitivo. Tenho plena consciência de todos os males que posso estar ajudando a promover. Mas, tem horas que a gente não aguenta. É tanta gente andando fora da linha que a gente acaba contaminado.
Filmes em camelô não compro mais. Apesar das vantagens financeiras, realmente não acho que valha a pena. Sempre prezei pela qualidade na hora de ver um filme. E acho que o ato de ajudar um camelô só vai fazê-los mais fortes. E junto com eles uma penca de contravenções se fortalecem. Ainda não comecei a fazer downloads de filmes. Já sei que as facilidades estão aumentando. Será que vou resistir?
Agora, baixar músicas da Internet já não tenho o mesmo pensamento. A oferta é muito grande e de alta qualidade. Hoje em dia, apenas uma pequena parcela de artistas consegue ganhar dinheiro com a venda de discos. E do que eu baixo e gosto, compro os discos.
Escrúpulos? Vou lutar muito para preservá-los.

17 julho 2009

Sarney

Espero do fundo do meu coração que toda essa celeuma em volta da família Sarney resulte em alguma coisa bem contundente. Só que nesse mesmo lugar, no fundo do meu coração, sei que muito provavelmente, nada de mais sério vai acontecer.
Triste isso, não? A gente não ter confiança em uma casa que deveria ser modelo para todos. E o Lula chamando os senadores de pizzaiolos não me assusta. Ele está certo. Só deveria se incluir no rol desses dignos profissionais da gastronomia.

09 julho 2009

Hora de Música

Muito antes de toda essa preocupação ecológica que movimenta o mundo hoje em dia, o grupo paulistano Secos & Molhados gravava essa canção, "Rosa de Hiroshima". É um verdadeiro hino pacifista, uma ode à vida. O integrante Gerson Conrad musicou um poema de Vinícius de Moraes e a voz de Ney Matogrosso conferiu a emoção exata à melodia. Deu essa preciosidade. Uma música marcante da minha vida. Lançada em 1973, fez grande sucesso comercial, juntamente com as outras 12 que compunham o brilhante LP "Secos & Molhados".



Rosa de Hiroshima
Voz de Ney Matogrosso
Composição: Vinícius de Moraes e Gerson Conrad


Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada

07 julho 2009

Mais propaganda

Essa propaganda não vai ser veiculada no Brasil, é da Budweiser americana. Agradou-me porque mostra uma montagem de cenas muito bacana em cima da letra de uma pouco difundida canção dos Beatles, "All Together Now", do disco Yellow Submarine.


05 julho 2009


Depois de assistir ao filme "A Lista de Schindler", de Steven Spielberg, em 1993, e adorar, achei que já tinha visto o suficiente sobre o Holocausto. Pensei saber de tudo o que tinha ocorrido e estava cansado de tanto ouvir falar em campos de concentração, Gestapo, Hitler, judeus com estrelas no peito, etc.. Durante anos, fugi de livros, matérias e filmes com essa temática.

Após ler "O Menino do Pijama Listrado", em maio passado, percebi que esse assunto deve sempre ser revisitado e reanalisado. Agora, tive a oportunidade de ler "Maus", de Art Spiegelman, gentilmente emprestado pelo Paulo Durante. O livro traz a história do pai deste brilhante cartunista norte-americano contemporâneo, contada em quadrinhos. Os nazistas são retratados como gatos, os poloneses como porcos, os judeus como ratos e os americanos como cães. Sempre em preto e branco, num traço simples, mas rico em detalhes e significados.

O livro mostra de forma sucinta, até didática, toda a trajetória do pai e da mãe dele desde a juventude, passando pelas dificuldades até chegar nos Estados Unidos, depois de passar por um campo de concentração, e seus últimos momentos de vida. Logicamente, o foco principal são os horrores da perseguição aos judeus. É um relato sofrido, nem sempre bom de se ler, mas essencial para entender um pouco mais desse lamentável episódio da história da humanidade.

03 julho 2009

Beatuca????


Essa foto está no Orkut do produtor musical Marcelo Fróes. O que será que significa? A imagem ficou bem bacana, apesar de a foto estar fora de foco. Será que o Miltão vai gravar alguma coisa relacionada aos Beatles? Sei que ele gosta muito do quarteto inglês. Até já gravou uma versão de "Norwegian Wood".

Aguardemos...

01 julho 2009

Bad Moon Rising


Terminei de ler o livro "Bad Moon Rising", de Hank Bordowitz, que conta a história (não autorizada) do grupo Creedence Clearwater Revival. Gosto muito do som desse quarteto americano desde criança e muito pouco eu conhecia de sua trajetória. Não é muito fácil de encontrar material biográfico deles.

O CCR lançou 7 discos. Todos muito bons e que fizeram grande sucesso comercial. Boa parte desse destaque deve-se ao talento do guitarrista, cantor e compositor John Fogerty. O grupo se separou em 1974 e desde então os 3 membros fundadores sobreviventes (John mais Stu Cook e Doug Clifford) vivem se pegando em ações na justiça. O quarto membro fundador era Tom, irmão de John, que havia saído da banda em 1970 para seguir carreira solo, brigado com seu mano, a quem acusava de monopolizar tudo no grupo. Ele acabou falecendo em 1990, ainda brigado com o irmão, em decorrência de AIDS, adquirida em uma das muitas transfusões de sangue a que foi submetido durante tratamento de problemas nas costas.

As revelações desse livro foram surpreendentes para mim. Não sabia de muitas coisas da carreira deles. Eu sempre estranhava a ausência, praticamente completa, das músicas deles em filmes, comerciais, coletâneas, etc. E, principalmente, nas edições e reedições do material do festival de Woodstock, que aconteceu em 1969. Muita gente nem sabe que eles participaram do evento, já que suas músicas não constam dos discos e nem do filme oficial.

A razão remonta aos primórdios da banda, quando eles assinaram um contrato com a Fantasy, sem consultar advogados, o que era comum na época e inadmissível hoje em dia. Era mais ou menos assim, eles teriam que entregar 12 músicas para a gravadora (um LP) no primeiro ano, mais 12 no segundo ano. A partir do terceiro ano, seriam 24 músicas. Caso entregassem 14, ficaria devendo as 10 restantes para o ano seguinte. Isso é, teria que entregar 34 músicas no quarto ano. E assim por diante. Segundo o documento, mesmo se a banda se separasse os ex-membros ainda teriam que cumprir essa entrega de material. É algo escorchante.

Mesmo depois de muitas reuniões e brigas, o diretor da Fantasy, Saul Zaentz, não cedeu. Além disso, os direitos das músicas ainda são da gravadora, o que significa que os membros do CCR não recebem praticamente nada da vendas de discos. E nem de nada relacionado às músicas deles. Depois de muito discutir e de dezenas de audiências judiciais, John entrou em um acordo com a Fantasy, nos anos 80: cedeu sua pequena participação na venda dos discos em troca de não ter mais que entregar novas canções todos os anos para a gravadora.

Isso significa que até hoje, John Fogerty não recebe nada pela venda dos discos com aquelas dezenas de clássicos que ELE compôs. Durante muitos anos, ele recusava-se até mesmo a tocar suas próprias composições em shows. Mas, como o mundo dá muitas voltas, John Fogerty voltou a Fantasy em 2005. Depois de lançamentos esporádicos e não bem sucedidos, as grande gravadoras não o queriam mais. A Fantasy o aceitou de volta. Sabendo promovê-lo, creio que seja uma boa para ambos. Afinal, o CCR ainda hoje vende cerca de 10 mil discos por semana, somente nos Estados Unidos. É muita coisa, ainda mais em tempos de downloads desenfreados...

Durante esses 35 anos em que eles estão separados, muitas vezes, suspeitou-se que uma volta aconteceria, mesmo que fosse para apenas uma apresentação. Nunca aconteceu. Em se tratando de um ser tão talentoso quanto John e igualmente turrão, é de se esperar que não aconteça mesmo. Doug e Stu estão na estrada, fazendo cerca de 100 shows ao ano, tocando os sucessos compostos pelo ex-colega, sob o nome de Creedence Clearwater Revisited. É uma pena. Afinal, tantos 'dinossauros do rock' têm se reunido, muitas vezes para trabalhos insossos. Não seria uma má idéia uma reunião da banda que era uma verdadeira usina de hits.