20 março 2009

Hora de Música

A Folha de São Paulo perguntou a especialistas quais as melhores músicas caipiras de todos os tempos. A lista deles tem 20 nomes. Gosto de música caipira e sertaneja de raiz e acho um gênero bastante marginalizado em nossos meios de comunicação. Abaixo, posto os 5 primeiros colocados. Em seguida, a bela música vencedora e sua respectiva letra, carregada de lirismo.

1º Tristeza do Jeca
Gravação: Tonico e Tinoco, 1958
Composição: Angelino de Oliveira, 1918

2º O Menino da Porteira
Gravação: Sérgio Reis, 1973
Composição: Luizinho e Teddy Vieira, 1955

3º Chico Mineiro
Gravações: Tonico e Tinoco, 1958, 1963, 1981
Composição: Tonico e Francisco Ribeiro, 1946

4º Chalana
Gravação: Almir Sater, 1992
Composição: Mário Zan e Arlindo Pinto, 1943

5º Cabocla Tereza
Gravação: Raul Torres e Florêncio, 1936
Composição: Raul Torres e João Pacífico



Tristeza do Jeca
(Angelino de Oliveira)

Nestes versos tão singelos
Minha bela, meu amor
Prá você quero contar
O meu sofrer e a minha dor
Sou igual a um sabiá
Que quando canta é só tristeza
Desde o galho onde ele está

Nesta viola canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade

Eu nasci naquela serra
Num ranchinho beira-chão
Todo cheio de buracos
Onde a lua faz clarão
Quando chega a madrugada
Lá no mato a passarada
Principia um barulhão

Nesta viola, canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade

Lá no mato tudo é triste
Desde o jeito de falar
Pois o Jeca quando canta
Dá vontade de chorar

E o choro que vai caindo
Devagar vai-se sumindo
Como as águas vão pro mar.

3 comentários:

  1. Respeito as raízes sertanejas, principalmente aquelas verdadeiramente capiras, mas sou um confesso desconhecedor do gênero. Das cinco listadas, conheço apenas "Chalana" do Almir Sater, que conheci e passei admirar em tempos da Caiman, no Pantanal...Abs

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  2. Foi tema de sua tese na faculdade né? (música sertaneja...)

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  3. Prezado Mussolin.

    Tonico e Tinoco fazem parte de nossa lembrança. Desde menino ouço-os cantando as mesmas todas e do mesmo modo. Vozes inconfundíveis.

    Do amigo

    Nuninho.

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